Defensor ferrenho do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), o presidente do PRTB em Goiás, Denes Pereira, defende a reeleição do político para mais um mandato e desfia um rosário de ações que, segundo ele, justificam a escolha para mais quatro anos à frente dos destinos do estado. Para ele, Caiado fez um governo praticamente perfeito e, portanto, merece a reeleição.

“A população de Goiás não é boba, sabe o estado que teve nos últimos 20 anos e a forma que o governador recebeu o estado. Ela está sentindo as mudanças, a mão do governo perto da sua casa. Por que arriscar?”, diz o dirigente do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro, sigla pela qual Hamilton Mourão (hoje filiado ao Republicanos) se elegeu o vice-presidente da República, em 2018, junto com Bolsonaro em 2018.

Apesar da pequena representatividade no estado, tendo eleito prefeito em 2020 somente no pequeno município de Inaciolândia, o partido conseguiu em 2018 fazer dois deputados estaduais em Goiás: Charles Bento e Júlio Pina e espera ao menos dobrar esse número na eleição deste ano.

Fechado no apoio à reeleição de Ronaldo Caiado, o partido não permitirá aos filiados, especialmente vereadores e deputados, apoiarem outros candidatos senão aqueles do partido ou coligados.

“Se o partido definiu caminhar com o governador Ronaldo Caiado, definiu caminhar com determinado candidato a senador, eu não acho justo e o porquê de os correligionários e todos os filiados também não acompanharem o partido”, afirma, indicando que o partido entrará na Justiça Eleitoral requerendo o mandato daqueles que descumprirem o que for definido na convenção partidária.

Veja a seguir os principais trechos da entrevista de Denes Pereira ao repórter Vinícius Portugal.

NOTÍCIAS GOIÁS – O pré-candidato a senador Lissauer Vieira, do PSD, já avisou que o partido dele tem um acordo com o governador e espera que ele seja o escolhido para representar a base governista. O sr. acredita que o governador definirá um nome ou deixará todos livres para candidatar?

Denes Pereira – O governador está numa situação em que quem tem que resolver isso são os partidos. Acredito que a responsabilidade da base o governador é muito grande nesse momento. Os partidos é que têm que resolver. Não podemos jogar isso no colo do governador. Ele está preocupado com a gestão do estado, cuidando da gestão administrativa do estado e os políticos têm que tomar essa decisão evidentemente olhando os indicativos de cada candidato. Mas acredito que no final todos vão ficar unidos e a base do governador vai caminhar unida.

O PRTB é tendência caminhar com qual candidato ao Senado?

A eleição de senador é complexa, sabemos que vai se afunilar nos próximos 20 dias. Então estamos vendo na base do governador, temos os pré-candidatos colocando o nome à disposição e vamos ao lado do governador saber o que é melhor para o estado de Goiás.

Os filiados do PRTB que decidirem apoiar outros partidos terão liberdade para isso ou haverá punição?

O PRTB fará o que a legislação eleitoral vigente no Brasil determina. A legislação determina que o estatuto partidário toma decisão em relação a esses apoios. Se o partido definiu caminhar com o governador Ronaldo Caiado, definiu caminhar com determinado candidato a senador, eu não acho justo e o porquê de os correligionários e todos os filiados também não acompanharem o partido. E os vereadores, os mandatários do partido, o PRTB também não vai abrir mão de todos os seus mandatários apoiarem os candidatos a deputado estadual e federal do PRTB. Se nós somos um partido em franco crescimento, um partido sério, um partido que tem história nesse país, que ajudou tanto o Brasil, eu acho mais do que justo todos os seus parlamentares acompanharem os candidatos do partido.

'Acredito na eleição de Caiado já no primeiro turno'

Pesquisam apontam Caiado à frente dos demais concorrentes. O sr. acredita que ele será reeleito facilmente?

O governador Caiado ganhou a eleição no primeiro turno. Em janeiro de 2019, ele pega o Governo do estado com a maior crise fiscal da história desse país, o quarto pior estado do país e três anos e meio depois o estado é terceiro melhor do país. Ou seja, ele avançou mais de 20 estados. Mas quando ele consegue sair da crise fiscal, chega a pandemia. E ele, com a coragem que lhe é peculiar, enfrenta a pandemia. Claro, único governador médico do Brasil, primeiro se preocupou em salvar vidas pra depois o governador preocupar com o proselitismo político que a gente viu Brasil afora.

Na sua opinião ele enfrentou bem a pandemia?

Mesmo com a pandemia, Goiás é referência na saúde, ele regionalizou a saúde. Quantos pacientes que estavam no extremo nordeste do estado e tinham que andar 400, 500 quilômetros semanalmente para fazer hemodiálise e hoje pode fazer o tratamento lá na clínica da cidade de Posse. O Hospital Regional de Uruaçu, que foi inaugurado quantas vezes, o governador botou pra funcionar. Você vai em Itumbiara, Quirinópolis é da mesma forma. Nos quatro cantos de Goiás, você vê a saúde melhorando.

E nas demais áreas?

Você anda o estado de Goiás e percebe que as pessoas acreditam na segurança pública. Na educação, somos o primeiro lugar no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Na assistência social, numa pandemia que assolou o mundo, o Brasil, Goiás, fomos referência na assistência social, foram mais de 1 milhão de cestas básicas doadas para as pessoas, temos o cartão Mães de Goiás, o auxílio aos jovens trabalhadores com mais de R$ 100. Enfim, o governador deu uma resposta à pandemia.

Então o sr. acredita na eleição dele?

Acredito, sim, na eleição já no primeiro turno, tendo em vista o que eu tenho falado e andado no estado de Goiás. A população de Goiás não é boba, sabe o estado que teve nos últimos 20 anos e a forma que o governador recebeu o estado. Ela está sentindo as mudanças, a mão do governo perto da sua casa. Por que arriscar? O governador é um homem preparado e, o mais importante, o governo de Goiás era conhecido nas páginas policiais, corrupção cedo, meio-dia e à tarde, criminalidade nas cidades. O governador resolve todas essas questões e o governo não tem corrupção. Então eu acho que por esses indicativos e por tudo que o governador tem demonstrado de capacidade administrativa, é justo a população de Goiás dar a ele mais quatro anos de mandato.