Presidente da Assembleia Legislativa é pré-candidato a senador pelo PSD e o partido reivindica a condição de candidato da base do governado, mas outros nomes, inclusive do partido de Caiado, também querem ser candidato pela base governista
Lissauer Vieira, presidente da Assembleia Legislativa e pré-candidato a senador: "Sou candidato a senador, missão que meu partido me incumbiu, e vamos continuar assim, mas temos mais de mês para o final das convenções partidárias" // Fotos: Marcelo Silva
Durante visita a empresários, Câmara Municipal e Prefeitura de Aparecida de Goiânia, na última desta terça-feira (28/6), o presidente da Assembleia Legislativa e pré-candidato ao Senado, Lissauer Vieira (PSD), elogiou o desenvolvimento de Aparecida de Goiânia e colocou o Poder Legislativo estadual à disposição da população da cidade, hoje a segunda mais populosa de Goiás, com mais de 600 mil habitantes.
A visita institucional foi articulada pelos vereadores Camila Rosa (PSD) e Willian Panda (PSB), o vereador licenciado Hans Miller (PSD) e o deputado Max Menezes (PSD). O repórter Vinícius Portugal, do Portal Notícias Goiás, acompanhou o presidente da Assembleia Legislativa e o entrevistou quando ele estava na Câmara Municipal, abordando especialmente aspectos políticos de sua relação com Aparecida de Goiânia e os rumos da campanha eleitoral.
Lissauer é pré-candidato a senador pelo PSD e seu partido reivindica a condição de candidato da base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), o que o deixaria em situação privilegiada na corrida ao Senado, já que teria toda a força do atual governo o apoiando. O problema é que outros nomes, como Alexandre Baldy (PP), Delegado Waldir e Zacharias Calil, ambos do partido de Caiado, também querem ser candidato pela base governista. Até o término das convenções, no início de agosto, isso será resolvido. Na entrevista Lissauer fala sobre esse delicado ponto.
Ele também afirma que a visita a Aparecida de Goiânia teve caráter institucional, mas não negou que numa pré-campanha todo encontro entre políticos tem o componente político-eleitoral.
“São visitas institucionais, obviamente, mas também para falarmos um pouco do nosso projeto ao Senado. Isso nós estamos construindo ao longo da nossa caminhada. É claro que agora são momentos de definições partidárias, convenções, diálogos com várias frentes, para buscarmos apoio da maioria”, disse.
PORTAL NOTÍCIAS GOIÁS – O que o sr. conversou com os vereadores de Aparecida de Goiânia?
Lissauer Vieira – Aos vereadores, nosso objetivo foi mostrar o que eu fiz na Assembleia Legislativa como presidente daquele poder, da valorização e independência do Poder Legislativo. E de levar isso também ao Senado. Tenho certeza de que, com o conhecimento de causa que eu tenho, a experiência que eu adquiri ao longo da minha gestão na Assembleia Legislativa, tenho muito a acrescentar pro Estado de Goiás lá no Senado.
Falta conexão entre os legislativos municipal, estadual e federal?
O que eu enxergo hoje é que o senador da República precisa ouvir mais os poderes legislativos municipais. Ele precisa estar mais próximo dos vereadores e também da Assembleia Legislativa e ele precisa representar mais efetivamente os municípios. É essa a nossa proposta e assim vamos trabalhar na nossa atuação. Viemos mostrar um pouco desse trabalho e buscar o entendimento dos vereadores de Aparecida para esse projeto de pré-campanha ao Senado.
O que mais pesou para aceitar a pré-candidatura ao Senado?
Foram vários fatores. Não só a Assembleia Legislativa, onde obtive apoio da maioria dos deputados, mas as Câmaras Municipais, prefeitos, líderes classistas que nos pediram para eu rever minha decisão de sair da política e voltar com uma pré-candidatura ao Senado. E assim estamos trabalhando, com um compromisso com a população de Goiás.
Caso a sua pré-candidatura não se viabilize como opção única da base governista, existe a possibilidade de o sr. conversar com outros pré-candidatos a governador?
O momento agora é de diálogo. E é natural todas as frentes políticas conversarem entre si e entre outros partidos. Os partidos conversam. O presidente Vilmar tem uma convicção de que desde 2020, quando fez uma composição com o governador Caiado para a prefeitura de Goiânia, o PSD teria a preferência na vaga ao Senado. Esperamos que isso seja mantido. Os diálogos estão abertos e quem vai conduzir isso é o partido, através da liderança do nosso presidente Vilmar Rocha.
Essa visita já é o começo de um diálogo mais constante com Aparecida de Goiânia?
Sempre tive o maior respeito com todas as frentes políticas, nunca fechei portas para ninguém. Sou do diálogo. Recebo educadamente todos, sempre foi assim. Não significa que eu venha a Aparecida hoje para fazer articulações políticas. Muito pelo contrário, são visitas institucionais, fui convidado pelos vereadores Camila Rosa, Hans e Willian Panta e pelo deputado Max Menezes, pessoas pelas quais tenho o maior respeito.
Mas sempre há o componente político...
Não tem nenhuma conversa política no sentido de fazer composição com A ou com B. Volto a falar: nossa preferência e nosso combinado é com o governador, na base do governador Ronaldo Caiado. Quem conduzirá essas conversas, essas negociações é o presidente da sigla, o ex-deputado Vilmar Rocha, que tem autonomia pra isso.
Se as convenções fossem amanhã, o sr. aceitaria ser candidato a vice-governador?
Eu sou candidato a senador. Meu partido me incumbiu dessa missão e vamos continuar assim. É claro que temos mais de mês para o final das convenções partidárias, que se encerram dia cinco de agosto. E a decisão é uma decisão partidária, isso vai ficar a cargo do nosso presidente estadual, ex-deputado Vilmar Rocha.
Qual o peso de Aparecida de Goiânia no projeto de chegar ao Senado?
Aparecida é o segundo maior município do Estado, é uma cidade estrategicamente muito forte por fazer parte da região metropolitana da capital. Então é um município que tem peso muito grande em qualquer decisão política e eleitoral. Não temos dúvidas de que o peso de Aparecida é muito grande e vamos buscar aqui composições importantes com a nossa pré-candidatura ao Senado.
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