Durante agenda na Câmara de Goiânia, pré-candidato a governador disse que decisão não foi um ato do atual governador, mas uma determinação prevista em lei aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Bolsonaro
Gustavo Mendanha esteve na Câmara de Goiânia para receber Moção de Aplausos proposta pelo vereador Léo José e reclamou de ato "eleitoreiro" do governador // Fotos: Rodrigo Estrela
O pré-candidato a governador Gustavo Mendanha (Patriota) criticou a forma como o atual governador, Ronaldo Caiado (União Brasil), anunciou a redução das alíquotas do ICMS sobre combustíveis. Durante agenda na Câmara de Goiânia, na terça-feira (28/6), o pré-candidato disse que a decisão não foi um ato do atual governo, mas uma determinação prevista em lei aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Bolsonaro (PL) na semana passada.
Mendanha disse que recebeu com “estranheza” a mensagem de que Caiado estava fazendo anúncio para a imprensa e considerou a situação como “um claro gesto eleitoreiro”. O ex-prefeito de Aparecida de Goiânia destacou que a gasolina em Goiás “é uma das mais caras do país” e lembrou que quando Caiado foi candidato ao governo, em 2018, prometeu que reduziria o valor do combustível.
“Quando pôde, nada fez. Agora quer enganar a população, quer brincar com a cara do goiano”, criticou.
Na tarde de segunda-feira (27), o governador Ronaldo Caiado, anunciou, durante coletiva de imprensa no Palácio das Esmeraldas, redução da alíquota de ICMS cobrado sobre venda de combustíveis, energia elétrica e serviços de comunicações. A medida passou a valer em território goiano de forma imediata seguindo a Lei Complementar 194, sancionada pelo presidente Bolsonaro no último dia 23/6, que limita a cobrança de ICMS de combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo à alíquota aplicada às mercadorias em geral, que, em Goiás, é 17%.
Conforme mostrou o Portal NG, a alíquota de ICMS aplicada à gasolina passou de 30% para 17%; a do etanol, de 25% para 17%; no caso do óleo diesel, além da redução de alíquota de 16% para 14%, o imposto será calculado sobre a média dos preços praticados nos últimos 60 meses, até 31 de dezembro deste ano. Na prática, o litro da gasolina na bomba deve ter redução aproximada de R$ 0,85; o litro do etanol, de R$ 0,38; e o diesel, redução em torno de R$ 0,14 por litro.
Gustavo Mendanha esteve na Câmara de Goiânia para receber das mãos do vereador Léo José (Republicanos), e apoiadores, Moção de Aplausos. Na tribuna, ele se dirigiu aos legisladores alertando para a inveracidade dos atos do governador.
Em agosto do ano passado, Mendanha e Caiado protagonizaram um debate sobre o preço dos combustíveis. O ex-prefeito de Aparecida lembrou que fez uma fotografia segurando a edição do jornal O Popular em que trazia a manchete de que Goiânia era a capital com a gasolina mais cara entre as capitais.
A partir disso, o governador disse que iria discutir com segmentos da sociedade a redução do ICMS dos combustíveis. Porém, Caiado recuou e passou a adotar o discurso de que não seria possível cumprir com o compromisso.
Além da agenda em Goiânia, Gustavo Mendanha esteve na região Sudeste ainda na terça-feira, nas cidades de Catalão, Campo Alegre de Goiás e Goiandira em ações de pré-campanha, que buscam reforçar seu projeto de oposição ao Governo estadual.
“Estamos construindo alianças políticas e, mais do que isso, estamos estabelecendo parcerias com diversos segmentos da sociedade para governar o estado a partir do ano que vem”, afirma.
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