Investigação da Polícia Civil do Distrito Federal descobriu que os suspeitos confeccionaram procurações falsas que outorgavam direitos sobre terreno de fazendas localizadas em Goiás e Minas Gerais
José Tatico exerceu a função de deputado federal entre 2003 a 2011 | Foto: Divulgação
O empresário do ramo varejista e ex-deputado federal por Goiás José Fuscaldi Cesilio, mais conhecido como José Tatico, de 81 anos, foi preso na manhã desta terça-feira (21/6) em Padre Bernado, na Região do Entorno do DF. Ele é suspeito de integrar um grupo criminoso especializado em falsificar e usar documentos forjados para simular a propriedade de fazendas milionárias em Goiás. Um dos filhos de Tatico, que não teve o nome divulgado, também foi preso.
A Operação Looping 2 foi deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e cumpriu sete mandados de prisão temporária e 11 de busca e apreensão nas regiões do Lago Sul, Vicente Pires, Águas Claras, Setor de Indústrias Gráficas (SIG), Guará, Gama, além dos municípios goianos de Padre Bernardo, Mimoso, Águas Lindas e da capital Goiânia.
Investigações da PCDF descobriram que os suspeitos confeccionaram procurações falsas que outorgavam direitos fraudulentos sobre o terreno de uma fazenda localizada em Mimoso de Goiás avaliada em R$ 10 milhões. De acordo com a polícia, o mesmo ex-tabelião, que chegou a ser afastado por irregularidades em 2015, havia feito outra procuração falsa, em 2016, em um cartório do DF.
O grupo de criminosos teria ainda lavrado uma terceira procuração com uso de documentos falsos na cidade de Dom Bosco (MG), relacionada a uma fazenda de R$ 15 milhões. Segundo a polícia, eles aproveitaram-se do fato de os verdadeiros proprietários serem idosos com a saúde comprometida.
Tatico, que exerceu a função de deputado federal entre 2003 a 2011, foi preso por policiais quando estava em sua fazenda. Já o seu filho foi encontrado em Goiânia.
Os envolvidos no crime responderão pelos crimes de falsidade ideológica, falsificação de documentos, uso de documentos falsos, esbulho possessório e associação criminosa.
Até o fechamento desta matéria, os envolvidos no esquema não se pronunciaram sobre o caso.
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Por Géssica Veloso
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Em: 21/06/2022 12:14