Apesar da proximidade entre os dois partidos em Goiás, o PSD não tem nenhum compromisso ou firmou aliança com o DEM, do governador Ronaldo Caiado, para apoiar a reeleição do ocupante do Palácio das Esmeraldas. A afirmação é do presidente estadual do PSD, ex-deputado federal e professor Vilmar Rocha.

Então o sr. não está hoje no Governo de Ronaldo Caiado?

“Nada. Não temos nenhum compromisso. Nós não fazemos parte do governo, não ajudamos na eleição”, disse o líder político ao repórter Vinícius Portugal, do Portal NG, durante bate-papo com a imprensa de Aparecida de Goiânia, na tarde desta terça-feira (25/1).

Vilmar Rocha esteve na cidade durante todo o dia para conversar com os dois vereadores do partido no município, Camila Rosa e Hans Miller, sobre a formação das chapas de deputado estadual e de deputado federal. Camila Rosa deverá candidatar-se a deputada federal.

Sobre a eleição majoritária, Vilmar disse que o momento é de aguardar a definição do quadro nacional, que está em evolução.

“Podemos fazer aliança? Sim. Mas hoje não há nenhum compromisso [de apoio a candidatura a governador] com ninguém, nem com A nem com B”, reforçou.

O político disse que essa percepção foi reforçada em encontros que teve na semana passada com o ex-presidente Michel Temer (MDB) e o ex-governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB), em São Paulo.

“Chegamos a uma conclusão que esse quadro sucessório, que repercute nas alianças nos estados, só estará mais claro em abril ou maio”, disse.

Portanto, em Goiás, a ordem no PSD é aguardar a definição do quadro nacional, para então tomar uma posição.

“Agora duas coisas já está decidida no partido: a pré-candidatura do [Henrique] Meirelles [a senador] e o nosso trabalho para formação das chapas de deputado federal e estadual”, destaca.

'Acho muito difícil a filiação de Gustavo Mendanha no nosso partido'

Questionado pela reportagem do Portal NG sobre eventual filiação do prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, ao PSD, Vilmar Rocha ponderou que essa hipótese não chegou a ser cogitada e está fora do radar da direção do partido.

“Acho politicamente muito difícil a filiação dele no nosso partido porque a nossa prioridade não é ter mais candidato a governador, mas, sim, a senador. E não podemos ter candidato a senador e governador no mesmo partido”, explicou.

“Portanto, da nossa parte, até o momento, porque política é muito dinâmica, está descartada a possibilidade dele filiar-se ao PSD, até porque pelo que tenho visto ele deve filiar-se ao PL”, completou.