As mulheres empreendem mais que os homens, por necessidade, aumento de renda, ou para realizar um sonho.
Foto: Diulgaçao
Empreender é movimentar, gerar transformação, não somente pessoal, mas principalmente social. Em um país com mais de 13 milhões de desempregados, empreender transformou-se em um grande negócio.
O empreendedorismo feminino tem ocupado grande espaço no mercado consumidor. Dados do Sebrae mostram que o Brasil é o 7º país no mundo em que as mulheres mais empreendem. A proporção de negócios que são abertos por necessidade é 44% entre as mulheres
No estado de Goiás 34% dos negócios são comandados por mulheres. Na faixa etária entre 35 e 45 anos, mulheres e homens empatam com 26% na função de gestão e o gênero feminino tem maior grau de escolaridade, sendo 16% a mais com ensino superior completo.
“O empreendedorismo é para quem acredita em vitoria. Todas nós podemos ser vencedoras. Nem melhor, nem pior, somos iguais na luta e nosso caminho somos nós quem trilhamos”, afirma Mirian Mansur, diretora na Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia (Aciag).
Empreendedoras
O Notícias Goiás conversou com duas mulheres empreendedoras para saber dos desafios e conquistas de quem se arrisca nesta vertente. Anna Paula Ferreira Batista Goldfeld é mãe de um filho adolescente, agrônoma e já exerceu a profissão de professora universitária. Mas de acordo com ela, encontrou a felicidade que tanto buscava vendendo sapatos e bolsas femininas. “O contato com o público é o que me traz alegria”, disse.
Notícias Goiás: Como surgiu a ideia de empreender?
Anna Goldfeld: O surgimento do meu negócio em calçados veio de um antigo sonho de trabalhar no ramo da moda. Sou engenheira agrônoma por formação e gostava da profissão, mas não estava engajada nos processos que surgiam relacionadas à profissão. Comecei a me espiritualizar e redescobrir como pessoa. Entendi que temos somente uma vida e é nessa vida que eu vou fazer acontecer e realizar meus sonhos. Estou Fazendo uma segunda faculdade no curso de Gestão Comercial o espírito empreendedor ficou mais forte e de fato comecei a tirar meu plano do papel.
Notícias Goiás: O que não pode faltar para quem quer empreender?
Anna Goldfeld: Entendi que em um negócio deve haver planejamentos estratégico, tático e operacional. Sem um Plano de Negócio independente do tamanho, não flui.
Notícias Goiás: Como foi sua preparação para o negócio? Fez algum curso?
Anna Goldfeld: Fiz e pretendo fazer cursos, ver vídeos, ler livros, consultorias com coach, assistir palestras, participar de feiras e ir a eventos. Tudo isto tem que estar inserido no dia a dia do empresário. Capacitação e gestão de pessoas também é fundamental para o crescimento de um negócio.
Também conversamos com a empresária Andressa Lima que é dona de uma loja que vende produtos de maquiagem. Mãe de gêmeas, Andressa nunca parou de lutar e hoje se considera uma empresária de sucesso no ramo da beleza em Goiás.
Notícias Goiás: Como você iniciou seu negócio?
Andressa Lima: Comecei a empreender com uma loja online. Também fazia Feira da Lua e com isso comecei a divulgar a loja que hoje além do comércio na rede também possui uma loja física.
Notícias Goiás: Quais foram as dificuldades que você encontrou para empreender?
Andressa Lima: O pouco capital para investir e a concorrência de empresas do mesmo ramo que estavam abrindo no mesmo negócio, foram algumas das dificuldades que encontrei.
Notícias Goiás: Como foi sua preparação começar esse negócio?
Andressa Lima: Fiz um curso de auto maquiagem para conhecer melhor os produtos e também li muito sobre eles, testando cada um pra conhecer melhor o que meu cliente vai usar.
Pedimos a duas diretoras da Aciag Mulher que nos escrevessem contando suas histórias no empreendedorismo.
Mirian Mansur
A Gráfica Formato iniciou suas atividades em janeiro dos anos 1990. Eu advogava em um grande escritório e me realizava profissionalmente e financeiramente. O banco BBC acabava de falir e meu marido era gerente de patrimônio e material do Banco. Montamos a gráfica colocando um administrador enquanto meu marido, Leopoldo, ainda estava no banco em sua liquidação. Foi um nicho no mercado que acreditamos. Vendemos alguns patrimônios, poucos, mas conseguimos abrir a empresa, sem financiamento ou incentivos.
Com três anos em funcionamento, tivemos que assumir a empresa, dispensando o administrador, pois impostos e as cargas trabalhistas não nos permitiam esse luxo. Trabalhamos duro mais um ano, que foi quando a empresa começou a se manter sem necessidade dos meus rendimentos como advogada. Assumi a administração e meu marido o comercial, daí começamos fazer nome no mercado.
Acredito que nenhuma empresa consegue se manter com altas cargas trabalhistas O velho ditado, “o olho do dono que engorda a boiada”. Acredito sim no potencial de pessoas empreendedoras, mas sem poder contar inicialmente com ajuda financeira de instituições ou governo. Foi o nosso caso.
Fazer parte de uma associação é um apoio grande, pois além da orientação para com os associados, existe a união na busca do sucesso de todos aqueles que dela fazem parte. Nas dificuldades, a associação é alicerce para caminhos de soluções. Acredite! Busque sua associação, empreendedores que apostam, acreditam e são verdadeiros parceiros do seu sucesso!
Nubia Rocha
Abrir um negócio puro e simplesmente por "necessidade" não é garantia de sucesso. Devemos trabalhar com aquilo que amamos verdadeiramente. Outro ponto crucial para a permanência de qualquer negócio é a dedicação, busca continua do conhecimento e você acreditar no seu negócio. Tem que pagar o preço de trabalhar arduamente.
Ninguém consegue nada sozinho e fazer parte de uma associação é fundamental para a permanência do negócio. Toda empresa precisa de parceria, dessa troca de conhecimento e informação. O Sebrae tem uma gama de cursos para quem deseja abrir uma empresa. Não se abre um negócio sem antes fazer um estudo e uma análise dos riscos.
Sou casada, mãe de três filhos, graduada em direito, empresária há 22 anos no ramo de agronegócio, diretora da Agrotech Industrial, proprietária da Criativa Design Goiânia, faço parte da diretoria Aciag Mulher e da Rede Goiana da Mulher empreendedora.
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01/08/2022 11:06
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