Política
Maguito Vilela, de 71 anos de idade, já ocupou praticamente todos os cargos eletivos da política de Goiás
Com 100% das seções eleitorais apuradas, o candidato do MDB obteve 52,60% dos votos válidos, enquanto Vanderlan Cardoso, do PSD, chegou a 47,40% dos votos
Maguito Vilela, do MDB, foi eleito prefeito de Goiânia. Com 100% das seções eleitorais apuradas, conforme o Tribunal Superior Eleitoral, que faz a totalização das eleições deste ano, Maguito obteve 52,60% dos votos válidos, contra 47,40% do concorrente, Vanderlan Cardoso, do PSD. Maguito chega a 277.497 votos, contra 250.036 votos de Vanderlan. A totalização de 100% dos votos foi divulgada às 19h pela Justiça Eleitoral, por meio da internet.
Maguito Vilela encontra-se intubado no Hospital Albert Einstein em São Paulo, em tratamento contra a covid-19. Devido à doença, o candidato ficou ausente de praticamente toda a campanha.
Ex-governador, senador, deputado estadual e deputado federal, Maguito Vilela comandou a prefeitura de Aparecida de Goiânia por dois mandatos seguidos, entre 2009 e 2016. Apesar de não esconder o desejo de sair candidato a prefeito de Goiânia neste ano, Maguito só viu essa possibilidade se concretizar após declaração do prefeito Iris Rezende de que não seria candidato à reeleição.
Em seu plano de governo, Maguito defende maior atenção aos serviços públicos de saúde, educação, segurança e infraestrutura, priorizando regiões com menor desenvolvimento. Ele propõe construir e melhorar unidades de saúde e ampliar o número de vagas em creches.
Para a segurança, o plano propõe o fortalecimento da Guarda Municipal e dos Conselhos Comunitários de Segurança Pública. Já para o transporte público coletivo, o plano de governo de Maguito prevê a ampliação de vias rápidas de ônibus, a conclusão de obras e implantação do sistema de tráfego para garantir fluidez ao trânsito.
Maguito disputa a prefeitura da capital pela primeira vez. Ele é natural de Jataí, tem 71 anos e é advogado de profissão.
Luís Alberto Maguito Vilela nasceu em Jataí no dia 24 de janeiro de 1949 e formou-se em direito na Faculdade de Direito de Anápolis em 1974. No pleito de novembro de 1976, elegeu-se vereador de Jataí pela Aliança Renovadora Nacional (Arena), agremiação política de apoio ao regime militar instalado no país em abril de 1964. Tomou posse em fevereiro de 1977 para um mandato de seis anos, ocupando a presidência da Câmara Municipal durante essa legislatura.
Com a extinção do bipartidarismo em 29 de novembro de 1979 e a consequente reformulação partidária, transferiu-se para a legenda do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), legenda de oposição ao regime militar. No pleito de novembro de 1982, elegeu-se deputado estadual pelo PMDB.
No pleito de novembro de 1986, elegeu-se deputado federal constituinte por Goiás na legenda do PMDB. Em fevereiro de 1987, assumiu a sua cadeira na Assemblia Nacionale Constituinte.
Na Constituinte votou contra a pena de morte, a jornada semanal de 40 horas, a pluralidade sindical, o presidencialismo, a anistia aos micro e pequenos empresários e a desapropriação da propriedade produtiva.
No pleito de outubro de 1990, concorreu com êxito ao cargo de vice-governador de Goiás, em chapa encabeçada por Iris Rezende. Deixou a Câmara em janeiro de 1991, ao final da legislatura, e assumiu a vice-governadoria em março seguinte. Desincompatibilizou-se do cargo em abril de 1994 para concorrer, com o apoio de Iris Resende, ao governo do estado no pleito de outubro/novembro daquele ano, elegendo-se no segundo turno governador de Goiás na legenda do PMDB, tendo obtido 1.013.025 votos.
Empossado no governo em 1º de janeiro de 1995, uma das suas primeiras medidas foi lançar o Programa de Apoio às Famílias Carentes, que consistia, em essência, na distribuição de cestas básicas.
Em abril de 1996, depois de alguma relutância, negociou com os presos rebelados do Centro Penitenciário Agroindustrial de Goiás que mantinham entre os reféns o presidente do Tribunal de Justiça goiano, o desembargador Homero Sabino.
Inicialmente contrário ao projeto de emenda constitucional referente à reeleição para presidente da República, governadores e prefeitos, mudou de ideia após participar das negociações dos governadores do PMDB que condicionavam o apoio à reeleição a uma renegociação das dívidas dos estados com a União.
Em janeiro de 1998, foi indicado como o governador com maior índice de aprovação pelos eleitores, sendo sua reeleição tida como certa. Contudo, Iris Rezende lançou-se ao governo do estado e Maguito acabou saindo candidato ao Senado, sendo eleito. Foi empossado no Senado em fevereiro de 1999.
Em janeiro de 2002, foi candidato a governador do Estado de Goiás pelo PMDB, mas foi derrotado, ainda no primeiro turno, por Marconi Perillo (PSDB). Nas eleições de 2006, foi novamente candidato a governador do Estado de Goiás e novamente derrotado, dessa vez, por Alcides Rodrigues, do PP.
Em 2007, foi nomeado vice-presidente do Banco do Brasil em 2007, pelo ministro da fazenda Guido Mantega. Em 2008 foi eleito, no primeiro turno, prefeito de Aparecida de Goiânia, com 81,11% dos votos, sendo reeleito em 2012. Em 2016, Maguito conseguiu eleger Gustavo Mendanha (MDB), que se reelegeu este ano também no primeiro turno.
