Por Géssica Veloso Em: 13/01/2021 15:33:58
Mais de 60 mil casos confirmados da doença no Brasil
Mais de 200 mil brasileiros morreram em decorrência do coronavírus. O Brasil ocupa o segundo lugar de países mais afetados pela doença. Ministro da Saúde garante que vacina deve começar em janeiro
O mundo bateu ontem um novo recorde de mortes em decorrência ao coronavírus. A informação foi divulgada pela Universidade Johns Hopkins após balanço.
O Brasil ocupa a segunda posição na lista de países mais mortes pela Covid-19 e o terceiro em infectados. São mais de 200 mil mortes e 8,1 milhões de casos confirmados.
Somente nos últimos 7 dias foram mais de 50 mil novos casos confirmados da doença, o maior número desde o início da pandemia, e nas últimas 24 horas um novo recorde: 1.109 brasileiros morreram vítimas da doença e 61.660 casos foram confirmados em todo país.
A média móvel de mortes no país nos últimos 7 dias foi de 993, alta de 49% na comparação com a média de 14 dias atrás. Há cinco dias 14 estados brasileiros não apresentam queda no número de mortes.
A situação atual representa uma variação de mais de 51% em relação aos casos registrados em duas semanas.
Somente nos Estados Unidos foram 4.327 óbitos ontem, o recorde era de 4.195. O país registra mais de 17 mil casos. O país americano ocupa o primeiro lugar de casos e mortes. Em terceiro lugar vem a Índia com 151 mil mortes.
Ao todo, são quase 2 milhões de mortes pelo novo coronavírus em todo o mundo e mais de 91 milhões de infectados.
Vacina
O Brasil aguarda liberação da vacina Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan. Dois milhões de doses de vacina contra a Covid serão adquiridas de Oxford.
A campanha de vacinação contra a Covid-19 no Brasil deve começar ainda este mês. A informação foi repassada pelo ministro da saúde, Eduardo Pazuello nesta quarta-feira em Manaus.
Ainda de acordo com ele, assim que a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar a Coronavac, vacina brasileira em análise, cerca de oito milhões de doses serão distribuídas simultaneamente em todos os Estados brasileiros de acordo com a proporção da população.
Seis milhões são da Coronavac, vacina produzida pelo Instituto Butantan, já os dois milhões de doses serão exportados de Oxford. Uma aeronave teria decolado hoje para buscar os imunizantes. “Já está com o documento de exportação pronto”, disse.
A data para o início do plano de vacinação não foi informada. Quando perguntado pela imprensa, o ministro teria informado que a vacinação aconteceria no “no dia D e na hora H”.
“Em uma pernada, somos o país que mais imuniza no mundo. E vamos fazer igual com a vacina para a Covid-19. Já em janeiro”, prometeu o ministro da Saúde.
Ele informou ainda que a cidade de Manaus será prioridade, após registrar o maior número de novas internações por coronavírus neste mês. “Senhores, vamos vacinar em janeiro e Manaus será a primeira a ser vacinada. Ninguém receberá a vacina primeiro que Manaus”, garantiu.
Eficácia
O Instituto Butantan informou ontem que a eficácia da Coronavac é de 50,38%, acima do índice de eficácia geral recomendado pela Anvisa. O presidente já havia informado que irá comprar qualquer vacina aprovada pela agência.